A empresa pode ter uma participação determinante na identificação e no auxílio ao tratamento contra a depressão no trabalho. Para isso, é importante a presença ativa do setor de RH, valorizando os seus profissionais e avaliando-os continuamente para que entendam o que se passa com eles e aprendam a melhor decisão para o caso.

Os casos de depressão no trabalho — e fora dele — são alarmantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já alertou para o fato de que, até 2030, o distúrbio pode se tornar o mais comum do mundo.

Portanto, a saúde mental deve ser uma peça cada vez mais importante no quebra-cabeça de benefícios que uma organização tem a oferecer.

E não apenas porque o tratamento humano pode ajudar nos índices de absenteísmo, engajamento e produtividade, mas porque mostra a preocupação genuína com a pessoa por trás do crachá.

Daí, a importância em saber como identificar os sintomas de depressão no trabalho e o que fazer.

Para isso, convidamos você a seguir com a leitura deste post, em que vamos apresentar uma série de medidas para ajudar os funcionários a lidar com a depressão no trabalho.

Boa leitura!

O que é  depressão no trabalho?

A depressão no trabalho é uma condição na qual o funcionário se sente profundamente deprimido e se fecha, perdendo a motivação, o interesse e o prazer com as suas tarefas de trabalho e também da sua vida pessoal e social.

Na América Latina, o Brasil é o país líder em casos de depressão. A estimativa é que mais de 300 milhões de pessoas sofram com a doença.

Isso afeta o trabalho nas empresas, pois 25% dos profissionais, aproximadamente 181.608, são afastados por meio de licença médica das suas obrigações corporativas.

Por isso, é importante que o setor de RH fique atento ao comportamento dos colaboradores e saiba identificar os sintomas da depressão no trabalho.

Quais os sintomas da depressão no trabalho?

Especialistas de RH devem se atentar às mudanças comportamentais dos seus colaboradores, sejam elas em curto, médio ou longo prazo.

Para isso, as suas respectivas performances devem ser monitoradas — a partir de avaliações de desempenho — para que essas transformações, bruscas ou não, sejam percebidas.

Além disso, é importante que a sua equipe possa se qualificar a respeito da identificação dos sintomas comuns da depressão no trabalho — e que se estendem para fora do ambiente corporativo, claro, como:

  • fadiga;
  • insatisfação crônica;
  • picos de alegria;
  • indecisão;
  • introspecção.

Vale aprender também como os colaboradores podem abordar e se relacionar com outros funcionários. Afinal de contas, nem todos querem se abrir sobre o assunto, e todo cuidado é exigido para uma boa interação com o profissional, assim,  ele aceitará a ajuda necessária.

Capacite também os gestores

Além dos profissionais de RH, os gestores têm um papel importante em identificar e prevenir a depressão no trabalho.

Primeiramente, porque eles são o contato mais próximo do profissional abalado psicologicamente — além dos seus colegas de trabalho mais próximos.

E também porque os líderes podem estar mais por dentro dessas mudanças abruptas de comportamento ou performance com mais facilidade e que são os indicativos de que algo pode estar errado.

Para tanto, vale a pena investir o tempo dos seus especialistas em capacitar os líderes com as ferramentas necessárias para o suporte adequado aos funcionários. Isso pode ser feito por meio de:

  • sessões de treinamento;
  • compartilhamento de informações a partir de conversas informais;
  • o estímulo ao diálogo aberto com todos sobre a importância e os cuidados com a saúde mental.

Com a educação a respeito das realidades sobre a depressão no trabalho, os funcionários podem contribuir com a manutenção de um ambiente favorável, e apoiar quem quer que esteja com dificuldades.

 

Como prevenir a depressão no trabalho?

  1. Proporcione um local de trabalho seguro

Que tal transformar o ambiente em um local que estimule vibrações positivas e sensações relaxantes? Isso, por si só, pode ajudar na manutenção do bem-estar no trabalho e do humor das pessoas, sabia?

Além disso, certifique-se de que não exista toxicidades na cultura organizacional como assédios, bullyings e toda forma de intolerância, o que pode desencadear casos de depressão no trabalho.

Isso inclui a atenção à gestão e à maneira com a qual os líderes se relacionam com os profissionais.

Afinal, o assédio pode vir também de quem cobra e demanda por resultados. Isso tende a evoluir para casos de distúrbios psicológicos como o estresse, a ansiedade e a própria depressão

2. Crie uma rotina flexível aos colaboradores

Uma boa maneira de combater a depressão no trabalho é a partir da criação de uma rotina com horário mais flexível de trabalho.

Isso significa, por exemplo, estabelecer um dia de home office na empresa por semana ou desenvolver programas de saúde mental.

Essas ações, embora pareçam meros detalhes na luta contra a depressão no trabalho, permitem o estabelecimento de uma cultura que valoriza o profissional e estimula a conversa aberta e, principalmente, a intenção em buscar auxílio profissional.

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3. Encaminhe os profissionais para auxílio especializado

 

Por fim, vale destacar que o RH tem, sim, um papel elementar na identificação e auxílio contra a depressão no trabalho, mas o tratamento não é responsabilidade dos profissionais  do setor.

Portanto, evite transformar as conversas em sessões terapêuticas.

O funcionário se abrir é um primeiro passo importante, mas o tratamento com profissionais qualificados tende a ser a alternativa mais eficiente.

Assim, esse colaborador pode voltar a ter uma performance louvável com o seu semblante e comportamento reorganizados sem a interferência desse distúrbio limitante.

Ajude seus funcionários a trabalharem melhor

Além do apoio ao bem-estar mental dos funcionários que evita a depressão no trabalho, sabia que 91% dos colaboradores esperam novos métodos de pagamento de preferência via plataformas digitais?

Fonte: Xerpay