As primeiras 120 mil doses da vacina contra a covid-19, desenvolvida em uma parceria entre o laboratório chinês Sinovac e o Instituto Butantan, chegaram a São Paulo. O carregamento já desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Este lote é o primeiro de um total de 6 milhões de doses que vão chegar até o fim do ano. Junto com ele, ainda virá matéria-prima para produzir mais 40 milhões de doses, dentro do próprio Butantan. O custo total do contrato é de 90 milhões de dólares.

Apesar da chegada, a produção e a vacinação ainda dependem do resultado dos estudos clínicos – a chama fase 3 – que vão comprovar a eficácia do imunizante. Os resultados são previstos pelo governo de São Paulo para o fim deste ano. Também vai ser necessário o registro da vacina por parte da Anvisa.

O governador João Doria (PSDB), o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, e o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchtey, acompanham o desembarque da vacina no Aeroporto de Guarulhos (Governo do Estado de SP/Divulgação)

 

Em um estudo revisado por pares publicado na terça-feira, 17, na prestigiada revista The Lancet, foi apontado que a CoronaVac, é segura e foi capaz de criar anticorpos em 97% de 700 voluntários que participaram da fase de testes 1 e 2 na China.

Na mês passado, o Butantan revelou dados preliminares da fase 3 de testes da vacina contra a covid-19. Menos de 35% dos voluntários tiveram algum tipo de efeito colateral, e a maior parte foi apenas de uma dor no local da aplicação.

Apesar de não apresentar efeitos colaterais significativos, ainda não há como afirmar se ela é eficaz para combater a covid-19. Até o momento, 9.000 voluntários já receberam a vacina em sete estados brasileiros. O total de testados será de 13.000 pessoas.

Fonte:https://exame.com/
Publicado em: 19/11/2020 às 06h00